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    A mamografia é o método de imagem comumente utilizado para o rastreamento do câncer de mama. Permite o diagnóstico precoce deste tipo de câncer, contribuindo para a redução da mortalidade. Entretanto, o exame não é perfeito. Existem algumas limitações do método.

    A mamografia pode não detectar 1 a cada 5 cânceres de mama, sobretudo em pacientes com mamas densas (falso-negativo); pode gerar complementos, causando ansiedade (falso-positivo); também pode detectar cânceres indolentes, que provavelmente não causariam a morte da paciente (superdiagnóstico). Por isso, apesar da mamografia ser importante ferramenta para a detecção do câncer de mama, ela não é a única.

    Abaixo discutiremos os principais exames disponíveis para o rastreamento do câncer de mama.

    Mamografia

    Mamografia convencional ou digital são realizadas da mesma maneira e fazem parte do rastreamento mamário em mulheres com todos os riscos para desenvolvimento do câncer de mama.

    É um bom método para detecção precoce, já tendo sido demonstrado que reduz a mortalidade pelo câncer de mama. Às vezes, a mamografia pode ser desconfortável, mas geralmente não causa dor intensa ou efeitos colaterais. A dose de radiação é baixa, compensando o risco da exposição.

    É importante ressaltar que eventualmente o médico que faz a leitura da sua mamografia pode solicitar complementos para o seu exame. Nem toda reconvocação resulta em câncer. Achados duvidosos podem gerar complementos justamente para afastar o câncer de mama.

    Mamas densas, que apresentam maior quantidade de tecido mamário e menor quantidade de tecido gorduroso, têm maior chance de um falso resultado na mamografia. Isto porque o tecido mamário pode esconder o câncer de mama. Comparação com exames anteriores pode reduzir pela metade a chance de um falso resultado. Por isso, insistimos tanto para você trazer todos os seus exames anteriores.

    Em mulheres de risco habitual, o rastreamento mamográfico anual a partir dos 40 anos salva mais vidas. Em mulheres de risco aumentado para câncer de mama, o início precoce do rastreamento mamográfico deve ser considerado.

    Tomossíntese

    É feita da mesma maneira que a mamografia, mas com aquisição das imagens em fatias finas, em vários ângulos, que posteriormente são combinadas para formar uma imagem completa. Facilita a identificação do câncer, aumentando as taxas de detecção e reduzindo a necessidade de complemento. Entretanto, mais incidências aumentam o tempo do exame e podem aumentar a dose de radiação, mas, ainda sem ultrapassar as doses recomendadas. Nem todos os convênios médicos cobrem a tomossíntese.

    Ultrassonografia

    A ultrassonografia usa ondas sonoras de alta frequência em vez de radiação para produzir imagens da mama. É um procedimento indolor que normalmente não causa efeitos colaterais.

    Aumenta as taxas de detecção do câncer de mama quando usada em conjunto com a mamografia, sendo este efeito maior em pacientes com a mama densa. Mas, a utilização da ultrassonografia resulta em maior número de falsos-positivos em relação à mamografia.

    A ultrassonografia pode ser utilizada como teste complementar, em conjunto com a mamografia, em pacientes de risco aumentado para câncer de mama, quando a RM não estiver disponível ou em pacientes com mama densa. Também pode ser utilizada como ferramenta única de rastreamento somente quando a mamografia não puder ser realizada.

    Ressonância Magnética (RM)

    A RM usa uma combinação de imã e radiofrequência para produzir imagens da mama.

    Pode ser usada como método complementar de rastreamento em pacientes com alto risco para câncer de mama.

    Em geral, a RM não é recomendada para rastreamento de mulheres de risco habitual. Ela não é tão eficaz quanto a mamografia e pode causar muitos falsos-positivos neste cenário.

    Se você teve um diagnóstico recente de câncer de mama, a RM pode ajudar a achar focos adicionais e acessar o tamanho do tumor.

    Como decidir qual a melhor maneira de rastrear a sua mama?

    • Recomendação do seu médico
    • História pessoal ou familiar de câncer de mama
    • Riscos e benefícios de cada um dos testes acima
    • Experiência e resultados de exames anteriores
    • Condições clínicas como diabetes, sobrepeso, gravidez e lactação
    • Quais exames são cobertos pelo seu plano de saúde
    • Quais exames estão disponíveis onde você mora
    • Preferência pessoal

    Existe algum exame que possa substituir a mamografia no rastreamento do câncer de mama?

    Não existe uma fórmula mágica que se aplique ao rastreamento de todas as mulheres. Muito depende do risco pessoal para o desenvolvimento do câncer de mama e do nível de conforto com cada um dos métodos disponíveis para o rastreamento.

    O risco para desenvolvimento do câncer de mama depende de uma série de fatores como história familiar de câncer de mama, história pessoal de câncer ou atipia mamária, idade da primeira e última menstruação; histórico de gravidez, etc.

    Seu médico é a melhor pessoa para acessar seu risco e te ajudar a escolher qual a melhor maneira de conduzir o seu rastreamento.

    Texto escrito por:

    Dra. Paula de Camargo Moraes

    Médica radiologista especializada em imagem mamária: InRad HC-FMUSP; CDB Alliar; grupo DASA

    Portal Câncer de Mama Brasil

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