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    A assimetria focal não é uma doença. É um termo utilizado para descrever uma pequena diferença na quantidade de tecido quando comparamos a mesma região das duas mamas – uma tem e a outra não tem. É um achado relativamente comum e na grande maioria das vezes correspondente a um acúmulo de tecido glandular normal.

    A assimetria pode representar doença?

    Muito raramente sim, por isso o médico radiologista, ao observar esse achado na mamografia, se preocupa em excluir a possibilidade de existir uma patologia, seja ela benigna ou maligna.

    E de que forma isso é feito?

    Em algumas situações, pode haver a necessidade do retorno da paciente ao serviço de radiologia para a realização de imagens adicionais na mamografia que serão dirigidas para a área de assimetria focal, a fim de se observar a existência de outras características que confirmem ou não a hipótese de acúmulo de tecido fibroglandular normal.

    E só a mamografia resolve, ou devo fazer outros exames?

    A complementação da análise com outros métodos de imagem, especialmente a ultrassonografia, pode ser recomendada para excluir outras alterações em meio ao tecido assimétrico, como pequenos nódulos ou cistos.

    Tenho assimetria focal. Vou precisa fazer exames em um intervalo mais curto?

    Ao identificar uma assimetria focal, o médico radiologista segue algumas etapas de raciocínio para realizar a sua recomendação de controle.

    A primeira informação a ser considerada é o motivo do exame: se a mamografia está sendo realizada apenas para rastreamento, ou porque existe alguma alteração em um ponto específico da mama.

    No caso de existir uma alteração palpatória (como nódulo, endurecimento, ou algum outro tipo de modificação na mama) deve ser feita a avaliação de correspondência entre a assimetria focal e a alteração clínica, podendo, eventualmente, haver a necessidade de biópsia da região.

    Se a mamografia foi realizada para um rastreamento de rotina – não existe uma queixa localizada – será importante observar se houve alguma variação na região da assimetria focal. Esta avaliação é feita comparando-se as imagens de mamografias antigas com a mamografia atual.

    A comparação com as imagens de exames mais antigos poder assegurar a recomendação de rastreamento mamográfico no intervalo habitual.

    Não tenho mamografia anterior, o que faço?

    Se a paciente nunca fez mamografia antes ou não tem as imagens de exames antigos, pode ser considerado mais seguro realizar um novo controle em 6 meses.

    Em grosso modo, a assimetria focal é um achado relativamente frequente na mamografia, muito raramente está relacionado com câncer, e para ajudar os médicos na melhor orientação do que fazer é importante guardar as mamografias anteriores, por isso, é importante consultar seu médico em caso de dúvidas.

    Texto escrito por:

    Dra. Daniela Gregolin Giannotti

    Médica radiologista e coordenadora do grupo de especialidade em mama do centro de diagnósticos por imagem do hospital Sírio-Libanês.

    Portal Câncer de Mama Brasil

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