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    A mamografia é o único exame aprovado para rastreamento do câncer de mama em mulheres em todo o mundo. A recomendação é para que toda mulher a partir dos 40 anos realize anualmente. Isso porque este exame é capaz de identificar microcalcificações que podem representar o sinal mais precoce de malignidade ou nódulos menores de 1 centímetro, que não são possíveis de palpar clinicamente. É também a melhor forma de diagnóstico precoce, já que quanto antes detectada a doença as chances de cura podem chegar a 95%.

    O exame consiste na realização de um “raio x da mama” em duas incidências: crânio caudal (de cima para baixo) e perfil ou médio lateral oblíqua (incidência lateral).

    As principais lesões observadas na mamografia são os nódulos, as calcificações, microcalcificações, distorções, assimetrias, linfonodos atípicos e outras. Estas são classificadas de acordo com seu risco de corresponderem a câncer de mama, de acordo com classificação BIRADs.

    Estudada desde a década de 70 no rastreamento do Câncer de mama, a mamografia já demonstrou importante capacidade de reduzir a mortalidade do Câncer de mama.

    Em diversos países como Brasil, Canadá, Itália, Espanha e outros recomendam a realização da mamografia entre 50-69 anos, bi-anualmente. Estas recomendações baseiam-se na relação custo x benefício da mamografia e maior probabilidade de encontrar lesões nas faixas de 50-69 anos.

    A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a realização da mamografia anualmente para todas as mulheres maiores de 40 anos. Baseia sua recomendação em estudos que demonstraram redução da mortalidade de 15% nas mulheres entre 40-49 anos e 30% naquelas entre 50-69 anos. Recomenda ainda que mulheres que tenham expectativa de vida > 10 anos, continuem realizando o exame anualmente.

    Atualmente diversas novas técnicas de mamografia tem possibilitado detecção de lesões ainda menores e com melhor acurácia.

    Entre elas podemos citar:

    MAMOGRAFIA COM CONTRASTE:

     

    mamografia digital com contraste ou angiomamografia alia às informações da mamografia com dados de comportamento vascular das lesões de forma semelhante como é feita a Ressonância Magnética (RM). Consiste de um mamógrafo especial (adição de filtro de cobre) com capacidade de adquirir imagens que avaliam apenas as estruturas que captam contraste.

    Em relação à mamografia digital isolada apresenta maior capacidade de detecção com maior precisão. Estudos preliminares mostram capacidade de detecção semelhante à da Ressonância Magnética.

    Já disponível nos Estados Unidos e Europa, no Brasil ainda presente em poucos centros.

     

    TOMOSSÍNTESE

    A Tomossíntese é um exame semelhante a mamografia que obtém imagem tridimensional da mama através dos raios-x. Diferentemente da mamografia que obtém imagens em um único plano, a tomossíntese consegue obter imagens tridimensionais.

    Enquanto a mamografia geralmente é obtida a partir de dois raios-X de cada mama de diferentes ângulos: de cima para baixo (incidência crânio caudal)  e perfil (incidência Médio Lateral Oblíqua), a tomossíntese obtém diversas imagens, podendo realizar a reconstrução tridimensional das mamas, o que possibilita obter imagens de melhor qualidade e evitar os efeitos sombra, observados a mamografia.

    Assim como a mamografia, a tomossíntese necessita de comprimir a mama.

    Diversos estudos demonstraram que a tomossíntese apresenta melhor capacidade diagnostica que a mamografia, menor taxas de reconvocação e maior sensibilidade, sobretudo em mamas densas, onde a capacidade da mamografia é mais reduzida.

    As lesões observadas a tomossíntese devem ser também classificadas de acordo com a classificação Birads.

    As indicações de tomossíntese, são as mesmas da mamografia, representando uma evolução tecnológica deste último.

    Desta forma, quando disponível a tomossíntese pode substituir a mamografia na detecção precoce do câncer de mama.

    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
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