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    Em um mundo onde os smartphones e celulares possuem câmeras de altíssima resolução, a tecnologia também chegou em outras áreas, como na medicina. A Tomografia Computadorizada é uma modalidade de diagnóstico por imagem que não utiliza métodos invasivos em sua realização e que por coincidência também surgiu na mesma época destes eletroportáteis. Com sua criação em 1972 por Sir Hounsfield (ganhador do prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1979), ela passou por diversas atualizações e resoluções cada vez melhores.

    Como funciona a Tomografia Computadorizada?

    Uma radiografia comum nada mais é que um tubo de feixes disparando feixes de raio-X que atravessam o paciente, atingem a placa de detecção, onde é formada a imagem, como uma foto daquela área a ser analisada. Na tomografia, há tubos e placas, contidas numa moldura circular, que se movimentam ao redor do paciente, tirando várias dessas fotos. Todas as imagens formadas são processadas pelo computador e digitalmente reconstruídas, formando imagens em várias dimensões do paciente ou daquela região a ser analisada.

    O mais interessante é que, dependendo da intensidade que o feixe de raio-X atravessa o paciente e atinge a placa, a imagem digitalizada desenvolve uma tonalidade de cor, como um pixel numa tela de TV.

    Isso significa que os locais onde os feixes de raio-X enfrentarem menor resistência, como o ar, o pixel será preto, e quando houver maior resistência, como o osso, será branco. Essa diferenciação permite uma riqueza de detalhes e a identificação de órgãos e tecidos, sendo utilizado uma escala pela cor que é representada pelo nome do criador do exame, unidades Hounsfield (HU).

    A Tomografia Computadorizada é segura?

    Sim. Assim como as televisões e celulares, o tomógrafo passou por atualizações em suas gerações, aumentando e melhorando as placas de detecção em uma maior quantidade de imagens captadas e de pixels, e, consequentemente, menor de radiação.

    Os protocolos de radioproteção permitem uma maior segurança ao paciente. Temos equipamentos de proteção fabricados com chumbo, exemplo: protetores cervicais, aventais e óculos, permitindo que a radiação só atinja as áreas de interesse. E que a radiação tenha efeito cumulativo no nosso corpo, um voo de Nova York para Los Angeles tem uma dose de radiação dentro da taxa média que uma tomografia gera (fonte: Comissão Nacional de Energia Nuclear). Contudo, estes exames necessitam de pedido médico e justificativa.

    É necessário utilizar contraste em uma Tomografia Computadorizada?

    Outro ponto interessante é o contraste, que nem sempre é necessário, mas quando é solicitado, permite detalhar lesões suspeitas e mais ocultas, possibilitando tratamento mais assertivo e eficaz ao paciente. Este também passou por melhorias dos fabricantes, obtendo menor taxa de efeitos adversos, como reações alérgicas. Além disso, as melhorias de processamento e execução permitiram a rapidez no tempo do exame.

    Quais são as indicações da Tomografia Computadorizada?

    Sua indicação é ampla, há condições que são mais bem utilizadas, como patologias pulmonares, da cabeça e de abdome. Detém interessante utilidade em situações de maior urgência como em traumas abdominais, de crânio e em acidentes vasculares cerebrais.

    Sua principal peculiaridade é a capacidade de avaliar os pacientes, seus órgãos e afins, nas suas dimensões reais, com imagens mais precisas em menor tempo, facilitando diagnóstico precoce e em intervenções decisivas na vida do paciente. Algo que a Ressonância Magnética, mesmo possuindo a melhor definição de imagem, demanda maior tempo de realização. Por isso, a Tomografia é um excelente método que é utilizado amplamente em Hospitais e Clínicas Médicas no Mundo.

    Texto escrito por:

    Dra. Deíse Santiago Girão

    CRM 10470/RQE 10013
    Médica especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR)
    Residência em Radiologia e Diagnóstico por Imagem na Fundação Antônio Prudente, no A.C. Camargo Cancer Center (São Paulo – SP);
    Especialista em Imagem da Mama no A.C. Camargo Cancer Center (São Paulo – SP);
    Mestre em Ciências  com área de atuação em Imagem da Mama pela Fundação Antônio Prudente, A.C. Camargo Cancer Center (São Paulo – SP).
    Médica Radiologista nas Clinicas Beroaldo Jurema e São Carlos Imagem

    Dr. Caio Araújo de Holanda Souza

    Residente de radiologia do Instituto São Carlos de Ensino e Pesquisa

    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
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    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
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