Skip to main content
search

    Recidiva ou recorrência é como denominamos um câncer que retorna em uma paciente previamente tratada. Se a lesão reaparece na mama ou no tórax (em caso de mastectomia) é chamada de recidiva local. Já quando ocorre nos linfonodos (ínguas) é chamada de recidiva regional. Atualmente é um evento incomum nos casos de câncer inicial de mama. O prognóstico é variável, porém o impacto psicológico de descobrir que o câncer retornou pode ser devastador.

    Recidiva “verdadeira” ou novo tumor na mesma mama?

    Não é fácil diferenciar se estamos lidando com uma verdadeira recidiva ou se apareceu um novo tumor. Recidivas precoces, no mesmo local da cirurgia inicial e com mesmas características biológicas, sugerem recidiva “verdadeira”. Os casos de novos tumores parecem ter prognóstico mais favorável.

    Na prática, ambas as situações são tratadas da mesma forma. O diagnóstico é muito similar àquele da lesão primária: alteração em exames de imagem, nódulo, alterações na pele, secreção mamilar. A core-biópsia é o método preferencial para obtenção de um diagnóstico definitivo.

    Recidiva após mastectomia

    Casos em que o tumor reaparece na parede torácica (após mastectomia sem reconstrução) ou na mama reconstruída (com prótese ou retalho muscular) normalmente são diagnosticados através da palpação da mama. O aparecimento de algum nódulo, espessamento, vermelhidão ou ulceração da pele deve ser elucidado o mais breve possível.

    O principal tratamento é a cirurgia, mas há os tratamentos complementares, como radioterapia, hormonioterapia, quimioterapia e terapias-alvo. A indicação sempre será com avaliação caso a caso.

    Recidiva dos linfonodos

    Quando o tumor reaparece nos linfonodos (axilares ou supraclaviculares) denomina-se Recidiva Regional. O quadro clínico mostra linfonodos palpáveis, dolorosos ou não e o tratamento é cirúrgico.

    Antes da cirurgia, nos casos de recidiva loco-regional, é imprescindível que seja realizado um estadiamento sistêmico (realização de exames para investigar outros órgãos do corpo, que podem estar com doença), para descartar a presença de uma recidiva a distância (metástase) concomitante.

    O estadiamento sistêmico é realizado normalmente com tomografias computadorizadas de tórax e abdômen (com contraste) e cintilografia óssea corporal total. O exame de PET-CT, que combina duas modalidades de exame: a tomografia computadorizada (CT) e a emissão de pósitron (PET), que é capaz de detectar a atividade metabólica das células (o câncer apresenta uma atividade metabólica aumentada), pode ser uma alternativa para substituir as tomografias e a cintilografia (exame que utiliza radiofármacos – substâncias radioativas em conjunto com fármacos para marcar áreas suspeitas de câncer).

    Autores:
    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

    Close Menu