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    A Adenose Esclerosante é um achado frequente no material de biópsias das mamas. É uma lesão benigna, mas que pode estar associada a microcalcificações e promover modificações suspeitas nos exames de imagem (mamografia e ultrassonografia), gerando a necessidade de biópsia do local para descartar a possibilidade de um Câncer de Mama.

    Glândula mamária

    A glândula mamária é constituída por lobos mamários (unidades produtoras do leite materno), ductos mamários (canais que transportam o leite até o mamilo) e estroma (tecido fibroconjuntivo e gordura) que funciona como arcabouço protetor de lobos e ductos. Eles estão dispostos em uma arquitetura específica, capaz de manter o funcionamento adequado da glândula. Mudanças nesses componentes, seja a proliferação dessas estruturas ou a modificação de sua arquitetura, constituem as alterações benignas ou malignas das mamas.

    Adenose

     O nome adenose assusta muita gente. Trata-se, porém, de um grupo de lesões benignas da mama em que há um aumento do número de ductos mamários e, eventualmente sua dilatação, podendo formar pequenos cistos.

    Adenose esclerosante

     Adenose Esclerosante é um achado frequente em material de biópsias de mamas. É caracterizada por um aumento desordenado do número de ductos mamários em meio a um estroma (aquele tecido do arcabouço mamário) mais denso que o normal, que chamamos de estroma esclerótico ou hialinizado. Esse estroma denso e hialinizado, espreme os ductos, promovendo o que chamamos de distorção arquitetural, ou seja, uma modificação daquela estrutura habitual desse tecido.

    Importância clínica

     Sua importância clínica ocorre por frequente associação com as microcalcificações ou outras alterações nos exames de imagem como as distorções arquiteturais que podem ser suspeitas para a presença de neoplasias, gerando a necessidade de biópsia. Além disso, é comum sua associação com outras lesões benignas das mamas, tais como hiperplasias.

    Diagnóstico

     O seu diagnóstico só é possível a partir da avaliação de uma amostra desse tecido (biópsia por agulha grossa ou mamotomia) ao microscópio pelo médico patologista.

    Em sua análise microscópica, assemelha-se (fazendo diagnóstico diferencial) com câncer de mama de baixo grau, ou seja, uma lesão maligna de baixa agressividade.

    Risco para desenvolvimento de câncer

     Apesar de não representarem, isoladamente, lesões de risco para o desenvolvimento de câncer invasivo (lesão maligna), é necessária atenção e acompanhamento adequado de cada paciente quando esse diagnóstico aparece associado a outras alterações que podem aumentar esse risco como lesões atípicas ou carcinoma ductal “in situ”.

    Tratamento

     A adenose esclerosante é um achado comum em material de biópsias de mama. Por mais que possa estar associada a alterações como microcalcificações e distorções da arquitetura da mama nos exames de imagem, gerando a necessidade de biópsias, é uma lesão benigna. Por isso, o seu diagnóstico, isoladamente, não requer tratamento subsequente.

    Texto escrito por:

    Dra. Cristiane Nimir

    CRM / SP 98.920
    Médica patologista do Laboratório Femme – SP

    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
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