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    As alterações nos exames de imagem de mama classificadas como Categoria 3 pelo ACR BI-RADS ® são na grande maioria das vezes benignas, apresentando uma probabilidade muito baixa de ser câncer (menor que 2%) e normalmente devem ser seguidas com exames de imagem por um período de 2 a 3 anos para avaliar se não ocorrem mudanças nestas alterações.

    A classificação conhecida como ACR BI-RADS ®, criada por instituições dos Estados Unidos da América, é muito utilizada nos exames de imagem em mama como mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. Ela se baseia na descrição dos achados dos exames, como nódulos e calcificações e sua categoria final é baseada na probabilidade destas alterações serem um câncer de mama.

    Classificações BI-RADS ®

    As lesões classificadas como BI-RADS ® 1 e 2 apresentam chance zero de malignidade. Por outro lado, as lesões Categorias 4 e 5 são consideradas suspeitas para malignidade, portanto devem ser submetidas a biópsia. Existem alterações que são classificadas como Categoria 3. São as chamadas: provavelmente benignas. São achados que não podem ser considerados totalmente benignos pelos exames de imagem, porém não são suspeitos. Exemplo destas alterações são os nódulos sólidos regulares e calcificações puntiformes agrupadas.

    Normalmente estas lesões são submetidas a um controle periódico pelos exames de imagem, inicialmente de seis em seis meses e depois passando para controle anual. O objetivo é ver se não ocorrem mudanças das imagens neste período. Estas mudanças podem ser para pior, como um crescimento significativo da lesão, levando a uma mudança de classificação para Categorias 4 ou 5. Estas mudanças também podem ser para melhor, quando por exemplo a lesão apresenta diminuição de tamanho, sendo assim reclassificada como benigna (Categoria 2). Este controle dura entre 2 e 3 anos. Caso a lesão não apresente mudança após este período também devemos reclassificá-las como benignas.

    Porém este controle só deve ser estabelecido quando a paciente seguramente puder realizar a repetição destes exames (exames de controle). Caso por algum motivo como por exemplo: viagem de longa duração, dificuldade para realizar exames no local onde reside, desejo de gravidez, ansiedade exagerada e outros casos específicos impeçam este controle as alterações devem ser investigadas com algum tipo de biópsia para assegurar a benignidade do achado.

    Outras situações que também que podem indicar necessidade de biópsia apesar da alteração ser classificada como BI-RADS ® 3 são naquelas pacientes de alto risco para câncer de mama ou que vão fazer cirurgia estética de mama antes de terminar o controle.

    Normalmente o seu médico clínico (mastologista) deve orientar este acompanhamento, sendo muito importante que os exames de imagem realizados sejam guardados (inclusive os filmes) e levados no controle para o médico radiologista poder fazer a comparação entre os exames.

    Em resumo as lesões classificadas como BI-RADS ® Categoria 3 apresentam uma baixa probabilidade de ser um câncer, porém devem ser acompanhadas com exames de imagem por um período de 2 a 3 anos verificando se não ocorrem alterações que possam mudar estas orientações.

    Texto escrito por:

    Dr. Flávio Spinola Castro

    CRM-SP: 69913
    Especialista em Imagem Mamária

    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

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