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    O que é a Doxorrubicina?
    O cloridrato de doxorrubicina é uma substância isolada de culturas de uma bactéria chamada Streptomyces peucetius var. caesius. Foi uma das primeiras antraciclinas descobertas na década de 1960 e ainda hoje permanecem de grande utilidade na oncologia.
    Sua ação ocorre por meio de sua ligação ao DNA da célula do câncer impedindo que esta realize a síntese de DNA, RNA e proteínas necessárias à sua replicação.
    Como a célula do câncer se reproduz muito e rapidamente, a doxorrubicina age interferindo e impendido que este ciclo de replicação celular aconteça adequadamente, levando assim, à morte da célula tumoral.
    Entretanto, ao atuar impedindo a replicação celular, este medicamento impede também a replicação de outras células saudáveis no corpo. Por este motivo, apresenta efeitos colaterais como queda de cabelo e diminuição da imunidade.

    Quais os nomes comerciais e formas de aplicação da Doxorrubicina?
    A DOXORRUBICINA pode ser encontrada como medicamento genérico (CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA) ou sob o nome comercial de ADRIBLASTINA® (original). Também podem ser encontrados similares: FAULDDOXO®, EVORUBICIN®, ONCODOX®, RUBIDOX® ou DOCKS®.
    A medicação é vendida na forma de pó liofilizado injetável de 10 ou 50mg , e administrada por via endovenosa.

    Quais são as indicações da Doxorrubicina?
    Doxorrubicina é indicada no tratamento de carcinoma da mama, pulmão, bexiga, tireoide e ovário, sarcomas ósseos e dos tecidos moles; linfomas de Hodgkin e não Hodgkin; neuroblastoma; tumor de Wilms; leucemia linfoblástica aguda e leucemia mieloblástica aguda.

    Quais são os principais efeitos colaterais da DOXORRUBICINA?
    Os principais efeitos colaterais da doxorrubicina relacionam-se as células do corpo que se replicam muito.
    Queda de cabelo é um deles, e habitualmente ocorre entre o décimo e o décimo quarto dia da aplicação.
    As células sanguíneas, produzidas pela medula, também são afetadas pela ação da doxorrubicina, e pode haver anemia, diminuição das células de defesa (imunidade) e das plaquetas.  Fadiga, enjôo, diminuição do apetite, aftas, diarreia também podem ocorrer.

    A doxorrubicina pode também ser tóxica ao músculo cardíaco. Por este motivo, pacientes com determinadas doenças cardiovasculares prévias não devem fazer uso da droga e todos os pacientes devem ser monitorados antes, durante e após o seu uso. As doses são cumulativas e, com objetivo de minimizar o risco de insuficiência cardíaca, a dose máxima não deve ser excedida.
    A infusão desde medicamento deve ser realizada por equipe treinada e sempre acompanhada de perto, pois seu extravasamento da veia pode causar dor e até úlcera no local.

    CONCLUSÃO: A doxorrubicina é um quimioterápico da classe das antraciclinas, muito ativo contra o câncer de mama, sendo indicado, de forma individualizada, nos diversos cenários da doença: neoadjuvante (antes da cirurgia), adjuvante (após a cirurgia) ou na doença metastática. Por seu perfil de efeitos colaterais não desprezível, deve ser prescrito e monitorado por equipe médica e de enfermagem experiente e treinada.


    Autores:

    • Dr. Amandio Soares –  CRM 20832 MG – RQE 6279 – RQE 6142
    • Dra. Carolina Patrícia Mendes Rutkowski – CRM 45777 MG – RQE 23937 – RQE 32567
    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

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