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    Há alguns dias, a organização mundial de saúde (OMS), classificou como pandemia o surto do novo coronavírus que causa o COVID-19. Devido as características deste novo vírus, a transmissibilidade é muito elevada. A maioria das pessoas terão formas leves da doença, porém formas mais graves que requerem internamento podem acontecer, especialmente em pessoas de maior risco, entre elas, aquelas em tratamento oncológico. Algumas estratégias como o distanciamento social, têm sido utilizadas.

    Em dezembro/2019, tivemos as primeiras informações acerca do novo coronavírus. Rapidamente, milhares de pessoas ao redor do mundo contraíram a doença (COVID-19), sendo classificada mais recentemente como pandemia pela OMS. Enquanto que a grande maioria das pessoas terá formas leves da doença, ou mesmo assintomáticas, um número considerável de casos necessitará de internamento hospitalar, alguns mais graves e eventualmente muitas pessoas morrerão da doença, especialmente aquelas de maior risco: idosos, portadores de comorbidades (hipertensão e diabetes, por exemplo) bem como aquelas em tratamento oncológico, devido a alteração da “imunidade”. A OMS estima que o vírus é fatal em 3.4% dos casos reportados.

    Porque o COVID-19 é muito contagioso (transmissão pelo ar ou através de superfícies), todos nós devemos praticar o “distanciamento social”, ou distanciamento físico, termo que a OMS sugere. A idéia é manter uma distância mínima segura de outras pessoas para evitar uma infecção. Isso também significa que as pessoas, especialmente aquelas de maior risco, devem limitar as visitas que vem as suas casas ou apartamentos. Essa é a parte mais problemática pois filhos, netos, irmãos, outros parentes e amigos estão incluídos também. Sair de casa deve ser possível apenas se o distanciamento físico for possível: farmácias, supermercados, transporte público, restaurantes ou mesmo “eventos religiosos” deveriam ser evitados.

    Os aspectos emocionais destas medidas de isolamento também tem sido motivo de discussão (isso é especialmente importante em pacientes que estão atravessando o tratamento oncológico). O risco de queda do humor ou depressão é motivo de preocupação. Algumas estratégias podem ser utilizadas para minimizar: ligar frequentemente para amigos ou parentes, não sempre a mesma pessoa, chamadas de vídeos sempre que possível, assim avós podem ver seus netos por exemplo, assistir filmes, assistir televisão (evitar exposição exagerada da cobertura do COVID-19 em real time). Limite seu tempo na mídia social, particularmente o foco em COVID-19. Há muita desinformação e notícias ruins. Se for procurar informações da doença, privilegie sites oficiais. Os sinais de depressão nem sempre são óbvios já que podem se apresentar de maneira diferente entre as pessoas: além da tristeza, perda de apetite, perda de peso, dificuldade dormir, fatiga e esquecimento são exemplos. Se houver alguma suspeita de alteração do humor, ligue imediatamente para seu médico para planejar alguma intervenção.

    A imunidade é um ponto muito importante durante o tratamento. Infelizmente, não há um remédio específico para melhorá-la. Entretanto, algumas coisas podem ser feitas: descanso e boa noite de sono, comer adequadamente, boa hidratação e exercício físico. Este último pode ser um desafio em virtude do distanciamento físico, porém, ao mesmo tempo, é muito importante manter peso adequado durante a terapia oncológica. Não há uma solução única: uma bicicleta em casa pode ajudar, mas nem todos tem uma disponível. Sair de casa para uma caminhada ou corrida no parque deve ser evitada e feita apenas quando não há movimento de pessoas e o distanciamento físico for possível. Se você frequentava uma academia antes do isolamento, ou tinha um personal trainer, talvez seja o momento de contatá-los.

    Em resumo, não há uma receita perfeita para atravessar essa pandemia. Também, neste momento, não há uma data específica para acabar a estratégia de distanciamento. Como a transmissão, e principalmente as mortes, ainda estão em crescimento no país (talvez este seja o melhor parâmetro, já que há muita subnotificação da doença), devemos manter a estratégia atual até a curva de mortalidade cair a níveis mais seguros. Converse frequentemente com sua equipe médica e mantenha o foco no tratamento.

    Autores:

    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

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