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    Embora o autoexame das mamas seja prático, de fácil acesso e tenha a sua utilidade, o mesmo não substitui a mamografia. Vamos entender o porquê.

    Os estudos sobre a eficácia da mamografia na redução da mortalidade do câncer de mama começaram na década de 60 em Nova York nos Estado Unidos e outros estudos subsequentes foram realizados na Europa. Os resultados desses estudos levaram décadas para serem concluídos e consolidados e praticamente todos chegaram à mesma conclusão, que a realização periódica da mamografia reduzia a mortalidade pelo câncer de mama em 20 a 30%.

    É importante saber que estes estudos realizados são do tipo randomizados e controlados, constituem uma modalidade que está entre os mais importantes na medicina. Baseados nos resultados robustos desses estudos, vários países instituíram o rastreamento mamográfico do câncer de mama como política de saúde pública que ganhou muita força na década de 90.

    Estudos recentes que acompanharam pacientes que atendem os programas de rastreamento mamográfico de forma periódica e constante apresentam redução de mortalidade por câncer de mama em cerca de 40%.

    Qual é o principal motivo da mamografia conseguir reduzir a mortalidade do câncer de mama?

    A eficácia da mama mamografia está justamente na detecção precoce, ou seja, permite que o câncer de mama seja diagnosticado com pequenas dimensões. O tamanho de um tumor está diretamente relacionado ao prognóstico, pois quanto menor for, reduz-se a chance de as células terem saído da mama em direção ao restante do corpo humano, fenômeno este, conhecido como metástase, responsável pela mortalidade do câncer de mama.

    Antes da implantação do rastreamento mamográfico o diagnóstico era feito somente quando o câncer de mama se tornava palpável, ou seja, com grandes dimensões e associado a metástases a distância para outros órgãos. A mamografia mudou esse cenário, permitindo a detecção do câncer antes dele se tornar uma lesão palpável.

    Os estudos mostram que a mamografia consegue detectar o câncer com a metade do tamanho que geralmente é detectado com o exame físico das mamas. Algo importante a ser frisado é que a mamografia se mostra um excelente método para detectar os cânceres de mama que se manifestam como microcalcificações em dimensões milimétricas, não visíveis a ultrassonografia das mamas e ao exame físico das mamas.

    As microcalcificações representam na maioria dos casos o estágio mais inicial do câncer de mama, o carcinoma ductal in situ que ainda não se tornou invasivo, ou seja, a forma mais inicial do câncer de mama e que ainda não gerou células metastáticas.

    Então qual é a importância do autoexame das mamas?

    O autoexame das mamas ajuda a paciente a conhecer o próprio órgão para detectar eventuais alterações que devem ser reportadas ao médico que a acompanham e para relembrar da importância da rotina mamográfica.

    O autoexame das mamas pode substituir a mamografia?

    Pelo acima exposto a resposta é não, pois a mamografia apresenta maior eficácia em detectar o câncer de mama em uma fase mais precoce do que o autoexame realizado isoladamente, permitindo o diagnóstico antes de haver metástases para outros órgãos.

    Texto escrito por:

    Dr. Carlos Shimzu

    Médico Radiologista
    HC FMUSP e Laboratórios Fleury

    Portal Câncer de Mama Brasil

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