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    A mamografia é um método diagnóstico comprovadamente eficaz na detecção do câncer de mama. É um dos melhores exames para se incluir na rotina anual de cuidados médicos das mulheres, principalmente a partir dos 40 anos.

    Somente no Brasil, são realizadas aproximadamente 2,5 milhões de mamografias por ano. E será que o resultado está sempre correto? É confiável?

    Como todo exame médico, não existe 100% de acurácia. A mamografia detecta aproximadamente 87% de lesões malignas, ou seja, podem ocorrer resultados falso-negativos em 1 entre 8 casos de câncer de mama. Porém, é possível aumentar esta taxa de detecção se forem incluídas a ultrassonografia mamária e, em algumas situações, a ressonância magnética.

    Falso-negativos em exames de mamografia

    Os resultados falso-negativos ocorrem principalmente em pessoas com as mamas densas. É relevante alertar que tal resultado nestas situações pode levar a uma falsa sensação de segurança de que não há o câncer de mama quando, na verdade, a condição está presente. Por isso, mesmo diante de um resultado negativo, a rotina do autoexame e avaliações periódicas devem ser mantidas.

    Falso-positivos em exames de mamografia

    Por outro lado, podem ocorrer também resultados falso-positivos em que a mamografia detecta uma lesão suspeita, mesmo que não exista de fato um câncer na mama. Alterações na mamografia demandam investigações adicionais (ultrassonografia, ressonância magnética ou até mesmo uma biópsia de mama) para esclarecer se a alteração é maligna.

    Os resultados falso-positivos são mais comuns em mulheres com idade mais jovem, mamas densas, mamas operadas, com biópsias prévias, com histórico familiar de câncer de mama ou em uso de estrogênio.

    Cerca de metade das mulheres que fazem mamografias anuais durante um período de 10 anos possivelmente terão um resultado falso-positivo em algum momento.

    As chances de um achado falso-positivo são maiores para a primeira mamografia e principalmente se os exames mamográficos anteriores não estiverem disponíveis para comparação. As chances de um resultado falso-positivo são reduzidas em 50%, quando as mamografias anteriores estão disponíveis.

    A importância da mamografia

    A mamografia tem alta taxa de detecção de câncer e deve fazer parte da rotina ginecológica, pois o câncer identificado na fase inicial tem maior chance de tratamento e cura. Para que a avaliação e a abordagem sejam bem-sucedidas, é importante que o exame seja realizado em um equipamento adequado e calibrado; além disso, as imagens devem ser avaliadas por um profissional qualificado. Estas medidas aumentam a confiabilidade do exame, fazendo com que o resultado da mamografia na grande maioria das vezes esteja correto.

    Texto escrito por:

    Dr. Yoon Seung Chang

    Diretor médico – CDB-Alliar
    Coordenador do Grupo de Mama – CDB-Alliar
    [email protected]

    Portal Câncer de Mama Brasil

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