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    O movimento OUTUBRO ROSA acontece no mundo inteiro e serve para lembrar a importância do câncer de mama.

    Esta repercussão favorece a melhora dos serviços prestados e incentiva pesquisas, porém também tem efeitos negativos.

    O principal deles é a cancerofobia, que leva mulheres a se preocupar demasiadamente com o câncer de mama.

    Sempre é importante lembrar que a principal causa de mortes entre as mulheres são as doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes. Todas possíveis de ser prevenidas ou controladas com hábitos saudáveis.

    O câncer de mama é relativamente frequente, ocorrendo em cerca de 10% das mulheres. Mas, ao mesmo tempo, a maioria dos casos é curável, principalmente quando descoberto no início.

    Ou seja, vale a pena se cuidar, mas não há motivo para desespero!

    Outro efeito negativo da campanha é que surgem pessoas e entidades com diferentes interesses que defendem diferentes pontos de vista, causando confusão na população.

    Talvez a principal controvérsia seja a campanha do governo federal, através do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Esta campanha defende que as mulheres façam mamografia bienal entre 50 e 70 anos somente. Também afirma que realizar o exame antes dos 50 ou após os 70 anos pode causar graves efeitos colaterais.

    Estas recomendações são diferentes de outras instituições, como a Sociedade Brasileira de Mastologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia, entre outros, que defendem mamografia anual para todas as mulheres após os 40 anos de idade.

    Diante disso, achamos importante pontuar informações corretas e comprovadas em pesquisas, realizadas por especialistas renomados, para evitar que afirmações assim possam causar prejuízo à saúde da população.

    A mamografia tem como objetivo detectar precocemente o câncer de mama. Os tumores detectados pela mamografia são menores que aqueles descobertos pela palpação. E os tumores menores têm mais chances de cura, além de necessitar cirurgias menores e menos quantidade de quimioterapia.

    Existem no mundo países sem cobertura mamográfica. E, nesses locais, a taxa de mortalidade do câncer de mama é maior e a mastectomia é feita em quase todos os casos.

    A radiação da mamografia é 2,5 vezes maior do que uma radiografia de tórax e a dose total é insignificante em termos de risco para o câncer.

    Estudos feitos em mulheres que sobreviveram a acidentes ou explosões radioativas mostram que seria necessário que uma pessoa fizesse cerca de 5 mil mamografias para ter um pequeno aumento de câncer de mama.

    Os estudos realizados com mamografia mostraram que a realização periódica do exame reduziu a mortalidade do câncer de mama de 15% a 30%.

    A maioria das sociedades médicas e entidades governamentais dos países desenvolvidos preconizam que todas as mulheres entre 50 e 75 anos façam mamografia a cada 1 ou 2 anos. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que as mulheres brasileiras façam mamografia anual a partir dos 40 anos.

    A grande crítica que é feita ao rastreamento mamográfico é o fato do exame não ser totalmente preciso. Afinal, de cada 3 a 5 mulheres encaminhadas à biópsia, apenas 1 terá câncer de mama. Já as demais fazem o procedimento desnecessariamente.

    Outra crítica deve-se ao chamado overdiagnosis ou diagnóstico exagerado. Isto ocorre quando se detecta (e trata) um câncer de mama que nunca iria causar problemas ao longo da vida.

    Este conceito pode parecer estranho para muita gente que sempre ouviu que o câncer é letal. Mas, na verdade, existem tumores pouco agressivos e que só iriam causar a morte após 200 ou 300 anos de vida. O tratamento destes tumores não acrescentaria nenhum benefício e o tratamento pode deixar sequelas permanentes. Porém, não é possível ainda saber quais são estes casos.

    A afirmação de que a biópsia pode causar câncer é despropositada e não se confirma em nenhum estudo decente. A biópsia de mama, assim como qualquer punção com agulha, não aumenta os casos de câncer.

    Sabemos que o rastreamento mamográfico é limitado e apresenta risco de efeitos colaterais, porém não podemos negar que existe benefício no controle do câncer de mama. Afirmar o contrário, como foi feito, pode causar risco à população.

    Qualquer dúvida converse com o seu mastologista!

    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
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