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    O PET-CT é um exame que utiliza informações morfológicas (tamanho e forma de órgãos e lesões) fornecidas pela tomografia computadorizada e dados fisiológicos (funcionamento do corpo) oferecidos pela tomografia por emissão de pósitrons.

    No câncer de mama, é indicado para a investigação de pacientes com diagnóstico de neoplasias localmente avançadas ou que apresentem lesões duvidosas em outros exames; durante o seu tratamento, é recomendado na avaliação de alguns esquemas terapêuticos específicos; no seguimento, é utilizado em casos de suspeita clínica devido ao exame físico ou alterações em testes de outras naturezas; e na recidiva oncológica, deve ser feito para estabelecer a extensão da doença.

    Como funciona o preparo para o PET-CT?

    Um preparo simples é indicado para que o PET-CT tenha as melhores imagens possíveis, consistindo em redução de consumo de carboidratos no dia anterior e um jejum curto (quatro a seis horas) no dia do estudo; em alguns casos, pode-se ainda administrar um medicamento (betabloqueador) uma hora antes do início do exame, seguida pela injeção intravenosa do radiofármaco (medicamento radioativo). Neste caso, o traçador utilizado é a fluordeoxiglicose, uma substância semelhante à glicose, que não possui contraindicações ou efeitos colaterais. Aguarda-se uma hora após a injeção para que o estudo comece, tendo uma duração habitual de vinte a trinta minutos.

    Qual a indicação do PET-CT?

    No estadiamento do câncer de mama localmente avançado, o PET-CT é indicado para a pesquisa de metástases à distância, que podem não ter sido diagnosticadas nos estudos iniciais. O exame não é feito em todos os pacientes por ter menor sensibilidade que outras técnicas (mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética) na avaliação mamária, além de não evitar a investigação do linfonodo sentinela na análise da axila. Durante o tratamento, em alguns protocolos específicos é indicado para avaliar a resposta à estratégia escolhida, permitindo um ajuste de dose ou conduta em casos de ineficácia.

    No paciente que já passou pelo tratamento do câncer de mama e está em seguimento oncológico, o PET-CT é feito quando há suspeita clínica de recidiva do tumor, seja devido a queixas individuais, alterações no exame físico ou achados em outros estudos laboratoriais e de imagem. Caso o diagnóstico da recidiva já tenha sido feito por outra via, o estudo é indicado para estabelecer a extensão da doença, que afeta a escolha da nova estratégia terapêutica. Ainda no período após o tratamento, não se recomenda que o exame seja periodicamente feito na maioria dos casos em que não exista suspeita de recidiva, pois achados inespecíficos e muitas vezes não relacionados à doença podem gerar ansiedade no paciente e até mesmo levar à realização de outros procedimentos desnecessários.

    Conclusão

    O PET-CT é um exame eficaz que possui grande utilidade no manejo do câncer de mama. Tem papel fundamental no estadiamento da doença localmente avançada, na análise de resposta ao tratamento em protocolos específicos, na investigação de suspeitas clínicas durante o seguimento oncológico e na avaliação de recidivas. Seu uso correto colabora para que a terapia seja mais eficaz e o paciente se sinta mais seguro e amparado durante o processo.

    Texto escrito por:

    Dr. Felipe Brazão Farinha Carvalhaes

    Médico nuclear do Hospital Israelista Albert Einstein

    Portal Câncer de Mama Brasil

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