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    A reconstrução da aréola e do mamilo é uma etapa importante na cirurgia da reconstrução mamária. Muitas mulheres deixam de fazer esse procedimento porque não desejam mais realizar outras cirurgias. Entretanto, na maioria das vezes, pode ser feito através de pigmentação ou com cirurgia de caráter ambulatorial.

    Em alguns casos, não será possível preservar a aréola e o mamilo durante a mastectomia, mas existe uma possibilidade de reconstruí-los após a reconstrução da mama.

    A reconstrução do mamilo é feita, normalmente, depois que a mama reconstruída cicatriza, pelo menos três ou quatro meses após a cirurgia de reconstrução. O mamilo pode ser reconstruído a partir da pele do local, de enxerto ou de ambos. O uso de pigmentação (tatuagem) é uma opção interessante para reconstrução, incluindo as técnicas em 3D.

    Uma vez que o mamilo é reconstruído, um protetor é colocado junto a uma pomada antibacteriana para protegê-lo. A cirurgia de reconstrução do mamilo pode variar entre 30 minutos e uma hora. A tatuagem, quando realizada, acontece cerca de três meses após a cirurgia de reconstrução do mamilo e, geralmente, leva de 30 a 40 minutos. Outra opção para a aréola é o enxerto de pele, que pode ser usado a partir da região inguinal (área entre o abdômen e as pernas), ou mesmo da aréola da outra mama, quando for possível e realizado durante a mamoplastia redutora.

    Reconstrução parcial da mama

    A reconstrução parcial da mama ocorre quando há possibilidade de preservar a mama. Neste caso, com o intuito de melhorar o resultado estético e minimizar sequelas, técnicas locais podem ser utilizadas, como rotação simples de tecidos ou mesmo uma mamoplastia.

    Para realizar uma reconstrução parcial, a avaliação do tamanho e da ptose (queda) da mama, assim como os fatores de risco para possíveis complicações (obesidade, hipertensão, tabagismo, diabetes) e desejo da paciente devem ser cuidadosamente avaliados. É preciso levar em consideração que a radioterapia deverá ser realizada em quase todos os casos.

    Muitas vezes, uma simples remodelação do tecido mamário será suficiente para reconstruir e deixar uma simetria adequada. Entretanto, em alguns casos não será possível. Muitas mulheres precisarão de uma mamoplastia bilateral associada, a chamada cirurgia oncoplástica da mama, para obter simetria adequada. Por outro lado, como a radioterapia será necessária, uma diferença entre as mamas pode ocorrer com o tempo, sendo preciso outros procedimentos para simetrização.

    Após a cirurgia conservadora da mama, pode ocorrer distorção em seu formato ou ter um tamanho ou posição diferente em comparação a outra mama. Não há uma abordagem padrão para a reconstrução após a cirurgia conservadora, porém é possível fazer desde a remodelação do tecido da própria mama até a necessidade de realizar uma mamoplastia bilateral.

    Simetrização da outra mama

    Geralmente, após a mastectomia unilateral ou mesmo após a reconstrução parcial de uma mama, existe a necessidade fazer uma simetria entre as duas mamas. Mesmo que a cirurgia tenha obtido uma boa simetria, com o tempo pode haver necessidade de um novo ajuste.

    Aumento da mama com implante

    Esta cirurgia utiliza um implante para simetrizar a mama. Isto acontece em algumas situações, como quando a mama reconstruída for maior que a outra mama, por exemplo. Outras vezes, a prótese é utilizada para facilitar a simetria pois,  em geral, prótese simetriza bem com prótese. A incisão (cicatriz) pode ser feita através de várias opções: na aréola, axila, no sulco inframamário ou, até mesmo, por meio do umbigo. Geralmente, é possível retomar as atividades normais em aproximadamente quatro semanas.

    Mamoplastia redutora (redução da mama)

    Quando a mama reconstruída é menor do que a outra mama remanescente, é possível fazer uma cirurgia para reduzir essa mama. Trata-se de um procedimento com recuperação mais difícil do que o aumento mamário com prótese e, geralmente, as cicatrizes ficam maiores. A recuperação leva cerca de 6 a 8 semanas antes de retomar as atividades normais e, até vários meses ou um ano, para a mama se adaptar.

    Esta cirurgia apresenta alguns riscos. Os de curto prazo são hematomas, abertura das cicatrizes, dor e inchaço durante várias semanas, além de perda temporária de sensações nos mamilos e dor intermitente. Os riscos de longo prazo são cicatriz inadequada e perda da capacidade de amamentar, além de cicatrizes de qualidade ruim. Pode ser necessária mais de uma cirurgia para simetrizar, já que a simetria com uma mama reconstruída pode ser um desafio, especialmente quando houver radioterapia.

    Lipoenxertia (lipofilling)

    É quando se utiliza tecido adiposo de outra parte do corpo, como o abdômen, por exemplo, que depois de processado é injetado na mama reconstruída para melhorar a sua forma. É usado frequentemente para melhorar a pele sobre um implante e preenchimento de imperfeições.

    Mais de um procedimento pode ser necessário para maximizar o resultado. As complicações principais envolvem equimoses, hematomas e risco de embolias (deslocamento de tecidos e obstrução de vasos).

    Autores:
    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

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