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    O que é?
    Neste esquema QT são utilizados basicamente dois medicamentos: o Docetaxel e a Ciclofosfamida. A sigla TC advém do nome comercial do principal quimioterápico, que pertence a classe dos taxanos, o Docetaxel também é conhecido pela marca Taxotere®. Já a Ciclofosfamida pode ser conhecida também como Genuxal®. As infusões da QT na veia do braço ou no cateter de QT ocorrem a cada 21 dias, num total de 4 ciclos (ou dose), eventualmente podendo chegar a 6 ciclos em casos selecionados. Este esquema de tratamento também pode ser utilizado em caráter pré-operatório (neoadjuvante).

    Quem faz este tratamento?
    Normalmente são pacientes recém operadas de câncer de mama, que tem indicação de realizar QT pós-operatória, não sendo pacientes de baixo risco de recidiva. Avaliamos este risco seja pelo tamanho do tumor retirado, seja pelo grau, seja pela presença de linfonodos comprometidos, normalmente este esquema é usado com até 3 linfonodos comprometidos. Mesmo pacientes que não tiveram gânglios (linfonodos) comprometidos pelo câncer podem ter indicação de QT. O oncologista leva em consideração outros fatores de risco, incluindo a imunoistoquímica para os receptores de hormônios (estrogênio e progesterona), a hiperexpressão do oncogene HER2 e o Ki67, que é o índice de proliferação do tumor. Se o oncologista avaliar que o risco de recidiva não é baixo, há a indicação de fazer QT adjuvante, que é aquele tratamento feito após a cirurgia com objetivo de erradicar células microscópicas que existam no organismo, mesmo que exames de imagem não sejam capazes de identificar. Em casos de risco intermediário ou de alto risco clínico em pacientes com risco de complicações com a QT ou não tão seguras dessa indicação, testes moleculares como o Oncoype DX® e o Mammaprint® podem ajudar a reforçar ou não a indicação de QT. Havendo alto risco, um dos esquemas mais populares entre os oncologistas é o TC, que não contém as antraciclinas (conhecidas como “a vermelha”) e seus efeitos colaterais. Importante ressaltar que este esquema é pouco usado em pacientes com HER2 positivo e pacientes triplo negativo de alto risco, que frequentemente necessitam de outros esquemas de tratamento.

    Quais são os efeitos colaterais deste tratamento?
    QT tem efeitos colaterais naturalmente, mas o “TC” é para muitos pacientes bastante bem tolerado, mesmo pacientes mais idosas conseguem realizá-lo. Não é propenso a náuseas e vômitos por exemplo, muito mais suave neste quesito que outras QTs. Pode causar alopecia (queda dos cabelos) parcial importante, menos severa que o esquema AC (“a vermelha”) mas com o resfriamento do couro cabeludo, também conhecido como “touca gelada” ou scalp cooler, quase 2/3 das pacientes podem chegar ao final da QT com um cabelo bem próximo do normal. O TC pode causar dores no corpo, dores musculares, flebite (inflamação da veia), neuropatia (dormência nas pontas dos dedos), enfraquecimento das unhas em especial do pé e diarreia, esta na maioria da vezes leve, auto-limitada e de fácil controle. Pode ainda causar cansaço, fadiga e há um risco de alergia na hora da infusão da QT na veia do braço ou do cateter, mas de rotina os pacientes recebem anti-alérgicos na véspera e durante a QT. Alterações na imunidade podem ocorrer com queda nas taxas de glóbulos brancos (leucopenia) levando a risco de infecção. Para minimizar este risco, na maioria das vezes após a QT as pacientes recebem uma injeção (ou injeções) de uma medicação para aumentar a produção de glóbulos brancos no sangue, reforçando a imunidade e diminuindo significativamente o risco de infecção.
    Apesar dos muitos efeitos citados, na maioria das vezes são leves, transitórios e as pacientes conseguem concluir o tratamento e se recuperam completamente destes efeitos.

    Conclusão:
    Muito conhecido dos oncologistas, o esquema de quimio TC por 4(6) ciclos é amplamente usado no tratamento do câncer de mama, no cenário adjuvante ou pós-operatório, e em muitos casos substituiu o esquema anterior chamado AC (também 4 ciclos), justamente por aumentar as taxas de cura e diminuir as chances de recidiva das pacientes que tem indicação de QT, causar menos enjoo e vômitos, causar menos queda de cabelos e ainda por cima ser menos tóxico para o coração e com menor risco de leucemia.


    Autor:

    Dr. Gilberto Amorim – CRM RJ 567834
    Oncologista Clínico da Oncologia D’Or e Clínica São Vicente da Gávea

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